Boletim, divulgado pelo Banco Central, aponta que para 2024 segue projeção de 4,13%; PIB mostra estabilidade
O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central reunindo a percepção dos analistas do mercado financeiro, divulgado na manhã desta segunda-feira (3), informa que a projeção para a inflação pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), aumentou. A elevação foi de 5,93% para 5,96%. No dia anterior, a mediana era de 5,90%. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores.
Para o próximo ano, a projeção permanece em 4,13% na última semana, contra 4,02% de quatro semanas antes. A mediana para 2023 também subiu, de 5,96% para 6,03%. Para 2024, passou de 4,18% para 4,05%, considerando 50 atualizações no período. Para 2025, permaneceu em 4%.
A mediana no Boletim Focus para a inflação oficial em 2023 encontra-se bem acima do teto da meta, que é de 4,75%. Para 2024, a mediana está acima do centro da meta (3%), mas ainda dentro do intervalo que vai de 1,50% a 4,50%.
A mediana para o IPCA de 2025 seguiu em 4%, contra 3,80% há um mês. A estimativa para o IPCA de 2026 também continuou em 4%, ante 3,77% um mês antes. A meta para 2025 é de 3% (dentro da margem, de 1,50% a 4,50%). Ainda não há objetivo definido para 2026.
Na reunião do Copom do mês passado, o BC atualizou as projeções para a inflação no cenário de referência com estimativas de 5,8% em 2023 e 3,6% em 2024. Em um cenário alternativo, em que a Selic, a taxa básica de juros, fica estável por todo o horizonte relevante, as projeções da autoridade são de 5,7% para 2023 e 3% para 2024.
Já em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), o Boletim Focus mostrou estabilidade no cenário de crescimento da economia em 2023. A mediana para a alta se manteve em 0,90%, ante 0,85% de um mês atrás. Porém, houve recuo na estimativa para o PIB no fim deste ano, de 0,98% para 0,85%.
Para o próximo ano, o Focus mostrou mudança na perspectiva de crescimento do PIB de 1,40% para 1,48%, contra 1,50% de um mês atrás. Houve melhora também na estimativa para o PIB de 2024, que saltou de 1,40% para 1,50%.
Para 2025 a mediana teve elevação, pulando de 1,71% para 1,80%, mesmo patamar de quatro semanas atrás. O Boletim informa, ainda, que a estimativa para 2026 recuou, de 1,78% para 1,80%, ante 2% de quatro semanas atrás.
Para 2024, a mediana das expectativas dos economistas e analistas para a inflação oficial brasileira manteve-se em 4,13%, e para 2025, permaneceu em 4,00%.
SELIC
Alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a projeção de Selic, a taxa básica de juros, de 2026 passou de 9% para 8,75%. A mediana para o fim de 2023 seguiu em 12,75% ao ano, enquanto para o término de 2024 continuou em 10%. Em março, o Copom havia mantido a Selic em 13,75% ao ano pela quinta reunião consecutiva.
Nesta segunda, na segunda reunião do Copom nesta terceira gestão Lula, o Focus também manteve a projeção para a Selic no fim de 2025, de 9%, a mesma mediana de quatro semanas antes.
DÓLAR
O dólar teve a mediana das projeções mantida para o fim deste ano, em R$ 5,25. Para os próximos dois anos, as medianas das estimativas para a moeda norte-americana também ficaram paradas, em R$ 5,30, entre uma semana e outra.
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